Ana Canosa – Colaboração para Universa
Quase 500 anos antes de Cristo, Hipócrates (460 a.C.-370 a.C.) já dava alguma descrição sobre o assunto como uma pequena protuberância (“úvula”), com função de “proteger” a vagina, assim como a úvula palatina protege a garganta. No século 2, Soranos de Éfeso já havia chamado essa pequena formação de ninfa, porém foi Rufo de Éfeso que, no ano 110, batizou-a de clitóris (kleitoris), de onde se originou a palavra kleitoriazein (literalmente “titilar” ou “clitorisado” em grego antigo – o que seria uma associação com masturbar o clitóris ou, em termos populares, siriricar).
Lamentavelmente, Galenus (129-216) pôs fim à descrição do clitóris definindo-o como uma parte importante e específica na anatomia genital feminina, questionando as observações anteriores dos colegas: “todas as partes, então, que os homens têm, as mulheres também têm; a diferença entre eles encontrando-se em apenas uma coisa, a saber, que nas mulheres as partes estão dentro, enquanto nos homens estão fora”.
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Imagem: UOL Universa – Erika Lourenço/UOL