Ana Canosa – Colaboração para Universa
Toda sexta-feira pela manhã eu faço pilates. Quis o acaso que os quatro colegas de aula fossem homens. Nos tornamos um grupo divertido, que sacaneia uns aos outros, um modo meio masculino de funcionar. Trocamos indicações de livros e filmes, restaurantes, viagens, comentamos sobre o bairro, política, fazemos alguma fofoca… Mas quando o assunto é sexo, um silêncio cortante invade o ambiente, uns risinhos sem graça. Às vezes um deles resolve reclamar da esposa: eu acolho e começo a pensar hipóteses, tentando ajudar. É aqui que eu torno o papo mais sério, a vulnerabilidade sendo exposta, os outros ouvindo atentamente. Mas a conversa nunca avança muito e invariavelmente alguém muda de assunto.
Mas hoje eu fiquei realmente comovida, pois a justificativa de um deles foi a que sexo é coisa de gente imatura, que não chegou ao nível elevado de prazer do amadurecimento humano que é de gostar de livros e vinhos. Pobre homem. Uma boa transa completaria o deleite, mas quem sou eu para questionar o prazer alheio?
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Sexo é coisa de gente imatura e o legal mesmo é gostar de livros e vinhos?