Ana Canosa – Colaboração para Universa
Vanessa queria muito fazer aula de tênis. Uma colega indicou um hábil professor e passou o contato do WhatsApp. O papo começou sobre horários, dias e valores, de maneira gentil. Mas Vanessa não conseguia achar uma brecha na agenda. Tinha também a dor no joelho, às vezes na coluna, que a faziam repensar se tênis era mesmo o melhor esporte. Vira e mexe mandava mensagem para o tal professor, perguntando tudo de novo, e ele prontamente respondia. “Agora começo”, dizia ela para si mesma. Mas daí chegava uma conta extra para pagar.
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Passou a semana com as cenas do sonho na cabeça, que ela conscientemente foi aumentando toda noite antes de dormir, um capítulo atrás do outro, torcendo para adormecer e continuar sonhando. Ao final de uma semana, já tinha quase uma minissérie em sua mente, produzida por seu desejo, que ela acionava toda vez que o cotidiano lhe impunha problemas a resolver, decisões a tomar, raiva, angústia ou tédio. Até a cólica menstrual melhorava, vejam só.
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Motorista do Uber, professor de tênis: fantasias sexuais as tiram do tédio