Ana Canosa – Colaboração para Universa
Gisele foi corajosa. Decidida. Quando surgiu uma vaga na matriz sueca da empresa onde trabalhava no Brasil, ela não esperou ser convidada. Fez o caminho inverso: provocou, se articulou, estudou o idioma, agarrou a chance. E foi. Aos 35 anos, solteira e sem filhos, voou para a Suécia em busca de qualidade de vida, segurança, e de um lugar onde pudesse pedalar em paz — sem medo, sem buzina, sem assédio.
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Ela se esforçou para viver experiências afetivo-sexuais: saiu com uma dezena de suecos, testou aplicativos, se abriu a possibilidades. Mas as relações pareciam sempre engavetadas entre jantares civilizados e silêncios educados. Namorou dois deles — relações breves, superficiais, quase etéreas. E embora houvesse carinho, faltava o borogodó. Aquele calor no olhar, a mão que pega sem pedir licença, a conversa que dança, o toque que ri.
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Complete a leitura no Portal Universa: Exílio afetivo: o que o amor tem a ver com saudade de casa?