Ana Canosa – Colaboração para Universa
Tenho memória de passarinho, e para situações desagradáveis e tristes ela diminui ainda mais. Guardo poucas cenas da infância, mas tenho o registro geral de uma vivência positiva, de quem brincou bastante com as amigas do bairro, que adorava a festa da primavera da escola e se deitava depois do almoço no chão de ladrilhos vermelhos da casa da minha avó materna, que era o lugar mais fresco no verão.
Mas de um punhado de cenas, me chama a atenção lembrar uma passagem, com a filha de uns amigos dos meus pais, que hoje eu não tenho a mínima noção de quem é. Não tínhamos laços fortes, nem convívio frequente. Ela estava em meu quarto e viu uma bonequinha pequena que eu tinha, toda feita de croché, vestido branco com barrado vermelho e um charmoso chapéu. Acho que tinha uma sombrinha também, assim em miniatura, com a estrutura feita de palitos de dente ou algo assim.
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