Ana Canosa – Colaboração para Universa
Ele veio me contar, com um tantinho de vergonha, o dia em que foi pegar um documento na gaveta da esposa e percebeu que o vibrador dela não estava lá. Olhou para mim e eu já comecei a rir. “Onde essa mulher foi com esse vibrador, homem de Deus?” Vínculo terapêutico tem dessas, a intimidade com a vivência emocional dos pacientes, autorizando a verbalizar aquela vozinha cruel que abduz o sujeito nessas situações — lhe passaram algumas ideias na cabeça, que ela levou para se masturbar no banheiro do trabalho, foi mostrar para uma amiga — ou, quem sabe, a pior delas: levou para o motel para brincar com um amante.
Me relatou momentos tensos, o sangue fervendo, a raiva despontando e um quase semidesespero — tomou um banho para pensar melhor, encontrar justificativas e senões.
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‘Abri a gaveta e pirei ao ver que o vibrador da minha esposa não estava lá’